jamelão

Conheceu ainda na infância os primeiros componentes da Mangueira, e integrou a bateria da escola tocando tamborim. Logo aprendeu cavaquinho e passou a cantar em gafieiras, influenciado principalmente pelo estilo de Cyro Monteiro. Em 1945 participou do programa Calouros em Desfile, comandado por Ary Barroso, interpretando "Ai, que Saudades da Amélia", de Ataulfo Alves e Mário Lago. A partir daí conseguiu trabalhos no rádio e em boates, participando também como crooner da Orquestra Tabajara de Severino Araújo, com quem excursionou à Europa. Consagrou-se principalmente como cantor de samba, emplacando sucessos como "Fechei a Porta" (Sebastião Motta/ Ferreira dos Santos), "Leviana" (Zé Kéti), "Folha Morta" (Ary Barroso), "Não Põe a Mão" (P.S. Mutt/ A. Canegal/ B. Moreira), "Matriz ou Filial" (Lúcio Cardim), "Exaltação à Mangueira" (Enéas Brites/ Aluisio da Costa), "Eu Agora Sou Feliz" ( com Mestre Gato), "O Samba É Bom Assim" (Norival Reis/ Helio Nascimento) e "Quem Samba Fica" (com Tião Motorista). Nos anos 50 começou a atuar como puxador de samba-enredo para a Estação Primeira de Mangueira, atividade que pratica até hoje, tornando-se uma referência obrigatória no gênero. É o maior intérprete dos sambas-canções doloridos de Lupicínio Rodrigues, como "Esses Moços", "Ela Disse-me Assim", "Torre de Babel", "Quem Há de Dizer", "Sozinha" e "Exemplo". Gravou dois LPs dedicados à obra do compositor gaúcho, acompanhado pela Orquestra Tabajara do maestro Severino Araújo: "Jamelão Interpreta Lupicínio Rodrigues" (1972) e "Recantando Mágoas - A Dor e Eu" (1987). Em 1997 a gravadora Continental lançou a coletânea "Jamelão - A Voz do Samba", em 3 CDs.

jamelão e chico buarque

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