
Em 1936, o público e a imprensa aguardavam mais novidades. A Vizinha apresentou o enredo “Ascensão do Samba na Alta Sociedade”. Suas fantasias eram inigualáveis. Pela primeira vez desfilou uma ala de damas, com sombrinhas. A bateria veio de malandros, com seus instrumentos de barrica francesa. Uma sofisticação, já que as outras escolas traziam instrumentos pesados e de má qualidade de som. Novamente tirou o 3º lugar. “Uma só bandeira” foi o enredo de 1937, uma homenagem às bandeiras nacional e dos estados. Naquele ano, o luxo e o esplendor das sedas fornecidas pelos contrabandistas só foram superados pelas 40 gambiarras que a escola trouxe, iluminando a Praça Onze com as luzes flamejantes dos lampiões de carbureto. Foi um grande contraste com as co-irmãs, iluminadas com velas e lamparinas. Com justiça, sagrou-se campeã. Em 1939, a Vizinha Faladeira trouxe o maior carnaval da década de 30. O enredo “Branca de Neve e os 7 Anões” teve, pela primeira vez no carnaval, uma ala infantil, fantasiada de anões, e apresentou, também pioneiramente, destaques luxuosos, em cima dos carros. A consagração foi total. Quando todos esperavam o bicampeonato, veio a decepção: a escola foi desclassificada por infringir o item do regulamento que proibia temas estrangeiros. A diretoria, então, tomou uma decisão drástica – preparou outro grande carnaval e, em 1940, quando a escola divisou o palanque da comissão julgadora, passou por trás da mesma, terminando ali, naquele lugar e naquela hora, a maior escola de samba da década de 30.
Vizinha Faladeira samba enredo 2008
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