Roberto Ribeiro construiu uma respeitável carreira de intérprete e compositor desde a década de 60. Em seu repertório, incluíam-se sambas de todos os tipos, do partido alto aos sambas românticos e outros ritmos africanos. Sua origem no carnaval ocorreu na Serrinha. Sobrinho de Dona Ivone Lara, Roberto cantava nas rodas de samba as músicas de sua tia e partiu para o profissionalismo. Descoberto pela gravadora EMI, sua estréia fonográfica foi com a gravação de compactos em parceria com a cantora Elza Soares, em 1972. O sucesso dos compactos fez a gravadora investir no jovem cantor, no disco “Sangue, suor e raça”. Seu primeiro sucesso foi a gravação do samba “Estrela de Madureira”, de Acyr Pimentel e Cardoso. Esta composição perdeu a disputa no Império Serrano para representar o enredo “Zaquia Jorge, a vedete do subúrbio, estrela de Madureira”, no entanto, foi um grande sucesso de execução radiofônica. A partir daí, sua carreira começou a ser notada pela crítica e pelo público, graças à beleza da sua voz e perfeito timbre para cantar o samba carioca. Ao todo, Roberto Ribeiro gravou em torno de 20 discos. Entre seus maiores sucessos estão "Acreditar", "Todo Menino É um Rei", "Amor de Verdade", “Meu Drama”, “Vazio” e “Amei demais”. Era casado com a compositora Liette de Souza, com a qual fizeram várias músicas de sucesso.
A estréia de Roberto Ribeiro como puxador de samba na Império Serrano aconteceu em 1971, com “Nordeste, seu povo, seu canto, sua gente”. Afastou-se da escola em 1972 e 1973 e retomou o posto em 1974, com o samba “Dona Santa, a rainha do maracatu”. Com sua voz bem timbrada e fraseado enxuto, Roberto Ribeiro foi a voz oficial da escola da Serrinha até o carnaval de 1981, quando resolveu afastar-se alegando problemas de relacionamento com a diretoria da época. No entanto, nunca abandonou a verde-e-branco de Madureira, sempre desfilando no chão da escola, mesmo quando o Império Serrano amargava o rebaixamento. Roberto Ribeiro também era integrante da ala de compositores da Império Serrano. Compôs duas pérolas para a escola: “Brasil, berço dos imigrantes”, também gravado em seu disco solo, em 1977, e “Municipal, maravilhoso, 70 anos de glórias”, em 1979.
O auge da carreira musical de Roberto Ribeiro aconteceu da segunda metade dos anos 70 até pouco antes da explosão do pagode, em meados dos anos 80, gênero que revelou sambistas como Jorge Aragão, Zeca Pagodinho, Almir Guineto, Jovelina Pérola Negra e o Grupo Fundo de Quintal. Uma doença congênita irreversível o fez perder a visão de um olho, atrapalhando-lhe a carreira. Morreu nos primeiros dias de janeiro de 1996, vítima de um acidente de trânsito, no qual foi atropelado e o motorista não lhe prestou socorro. Roberto Ribeiro deixou de puxar os sambas enredo no Império Serrano em 1981, mas, até 1992, animava as arquibancadas cantando os sambas de esquenta antes dos desfiles da escola da Serrinha, na Sapucaí. Os últimos registros fonográficos de sua voz foram num CD em homenagem a Clara Nunes (1995) em que, graças às modernas tecnologias de estúdio, fez dueto com a voz da falecida cantora na música Coisas da Antiga; e no CD do Império Serrano, na coletânea Escolas de Samba, da gravadora Sony. No disco, Roberto cantou os sambas Aquarela Brasileira, Bumbum Paticumbum Prugurundum, Exaltação a Tiradentes e Eu Quero.
Roberto Ribeiro interpreta a canção "Acreditar" de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho.
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