ELIZABETH SANTOS LEAL DE CARVALHO nasceu no Rio de Janeiro, no dia 05 de maio de 1946. Filha de João Francisco Leal de Carvalho e Maria Nair Santos Leal de Carvalho, e irmã de Vânia Santos Leal de Carvalho. Seu contato com a música foi incentivado pela família, ainda na infância. Aos oito anos, ouvia emocionada as canções de Sílvio Caldas, Elizeth Cardoso, Aracy de Almeida grandes amigos de seu pai. Sua avó Ressú, tocava bandolim e violão. Nas festinhas e reuniões musicais dos anos 60, nascia a cantora, influenciada por tudo isso e pela Bossa Nova. Em 1964, seu pai é cassado pelo golpe militar, somente por ter pensamentos de esquerda. Beth, nessa ocasião, passou a dar aulas de violão para 40 alunos. Foi uma forma de segurar a barra pesada que sua família enfrentou com a ditadura. Por causa dessa formação política vinda de seus pais, Beth Carvalho é uma artista engajada nos movimentos sociais, políticos, culturais de nossa Nação e de outros povos. Gravou o hino do MST – "Ordem e Progresso" ( Movimento dos Sem Terra), movimento esse que Beth é muito ligada por considerá-lo o mais importante do Brasil. Recentemente, em 2004, Beth junto com Lobão e outros companheiros da classe artística, conseguiu uma coisa que até então era inédita no mundo: lei da numeração dos discos. Em 1965, gravou o seu primeiro compacto simples, com a música Por quem morreu de amor, de Menescal e Bôscoli. Em 66, já envolvida com o samba, fez " 6ª feira é dia de samba ", no ex Teatro Jovem junto a Rildo Hora e Trio ABC da Portela (Noca, Colombo e Picolino). Neste mesmo ano participou do show A Hora e a Vez do Samba, junto a Zé Kéti, Nelson Sargento, Jair do Cavaquinho, Picolino, Anescar do Salgueiro, o apresentador Sargentelli e o atores Grande Otelo e Milton Morais. Vieram os festivais e BETH participou de quase todos: Festival Internacional da Canção – FIC, Festival Universitário, Brasil Canta no Rio, entre outros. No FIC de 68, conquistou o 3º lugar com Andança, de Edmundo Souto/Paulinho Tapajós/Danilo Caymmi, e ficou conhecida em todo o país. Além de seu 1º grande sucesso, Andança é o título de seu primeiro LP, (1969). A partir de 72, passou a lançar um disco por ano, tornando-se sucesso de vendas, emplacando vários sucessos como 1.800 Colinas, Saco de Feijão, Olho por Olho, Coisinha do Pai, Firme e Forte, Vou Festejar, entre outros. BETH CARVALHO tem reconhecida a sua característica de resgatar e revelar músicos e compositores do samba. Em 72, foi buscar Nelson Cavaquinho, gravando Folhas Secas e em 75, fazia o mesmo com Cartola, ao lançar As Rosas Não Falam. Diz o poeta que todo artista tem que ir onde o povo está. Esses versos, além de grande verdade, definem com rara precisão a atitude de BETH CARVALHO diante da vida, do cotidiano. BETH é inquieta. Não espera que as coisas lhe cheguem. Vai mesmo buscar. Pagodeira, conhece a fertilidade dos compositores do povo, e mais do que isso, conhece os lugares onde estão, onde vivem, onde cantam, como cantam e como tocam. Freqüentadora assídua dos pagodes, entre eles os do Cacique de Ramos, BETH CARVALHO revelou artistas como Zeca Pagodinho, Grupo Fundo de Quintal, Jorge Aragão, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Sombrinha, Luis Carlos da Vila, Bezerra da Silva, Seu Argemiro, Beto sem Braço, Sombra, Marquinho China, Marquinho PQD, Arranco de Varsóvia, Quinteto em Branco e Preto, O Roda, Rodrigo Carvalho (do Grupo Galo Cantou ) etc. Revelou também músicos como : Leandro Braga, Dirceu Leite, Carlinhos 7 cordas, Alceu Maia, Nicolas Krassic, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Bira, Ubirany, Ovídio Brito, Vanderson, Marcelo Moreira, Marcelo Pizott, Fred Camacho, Marcio Vanderley, Rodrigo Campelo, Márcia do tantan e outros. Mais do que isso, BETH trouxe um novo som ao samba, porque introduziu em seus shows e discos, instrumentos como o banjo com afinação de cavaquinho, o tan-tan e o repique de mão, que até então eram utilizados exclusivamente nos pagodes do Cacique. A partir daí, esta sonoridade se proliferou por todo o país e BETH passou a ser chamada de Madrinha do Samba. Sambista de maior prestígio e popularidade do país, é aclamada também como Diva dos Terreiros e Rainha do Samba. Em 1979, Beth se casa com Edson de Souza Barbosa, um verdadeiro craque do futebol brasileiro, que participou da Copa do Mundo de 66 e um grande amante do samba. Hoje é um competente treinador. Em fevereiro de 1981 se torna mãe de uma menina linda a quem Edson deu o nome de Luana. Hoje Luana Carvalho é atriz e cantora, ganhando aos poucos, o seu merecido espaço. Para Beth, ser mãe foi e é a coisa mais importante que já aconteceu em sua vida. Até aqui, são 40 anos de carreira, 29 discos e apresentações em diversas cidades do mundo: Angola, Atenas (onde representou o Brasil no festival "Olimpíada Mundial da Canção". Foi num teatro de arena construído há 400 anos antes de Cristo. ( Hoje, Beth tem um busto na Grécia), Berlim, Boston (na Universidade de Harward), Buenos Aires (no Luna Park projeto "Sin Fronteiras" da grande cantora e sua amiga Mercedes Sosa), Espinho, Frankfurt, Havana, Johannesburgo, Lisboa (no show do jornal comunista "Avante", para um público de 300 mil pessoas ! ), Lobito, Luanda, Madri ,Miami, Montevidéu,Montreux, onde participou do famoso festival nos anos de 87 e 89, Nice, New Jersey, Nova York, onde cantou no Carneggie Hall, Paris, Punta del Este, São Francisco, Soweto,Varadero, Zurique ,etc. No Japão, embora nunca tenha feito shows, vende milhares de cópias e tem sua carreira musical incluída no currículo escolar da Faculdade de Música de Kyoto. BETH CARVALHO tem seis Prêmios Sharp, 20 Discos de Ouro, 10 de Platina,melhor intérprete do Festival da Canção da TV Globo, Prêmio da ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Disco) de maior vendedora de disco ,centenas de troféus e premiações diversas. Em 1984, foi enredo da Escola de Samba Unidos do Cabuçu. O título do enredo foi "Beth Carvalho, a enamorada do samba". A escola foi campeã, subindo assim para o Grupo Especial. Como o Sambódromo foi inaugurado neste mesmo ano, Beth e a Cabuçú foram as primeiras campeães do Sambódromo. Dentre todas as homenagens já feitas à grande cantora, Beth considera esta, a maior de todas. Beth declara: "Não existe no mundo, nada mais emocionante do que ser enredo de uma escola de samba. É a maior consagração que um artista pode ter". Em 1985, Beth foi enredo novamente. Dessa vez, da escola de samba Bohêmios de Inhaúma. Em 1997, tornou-se uma cantora interplanetária, quando a música Coisinha do Pai, grande sucesso de seu repertório, foi programada pela engenheira brasileira da Nasa, Jacqueline Lyra, para ativar o robô em Marte. BETH CARVALHO gravou o seu 25º disco, o CD Pagode de Mesa, ao vivo. Com produção de Renato Correa, Pagode de Mesa foi gravado durante apresentação especial na gravadora Universal Music, realizada para um público amante do samba. A concepção do disco é de Max Pierre, Diretor Artístico da Universal, que com este trabalho, traduziu não só o que viu BETH fazer em seu último show no Canecão, mas o que ela costuma fazer sempre, ou seja: cantar o samba de raiz em volta das mesas dos quintais, terreiros e quadras, nos pagodes que reúnem os melhores partideiros, músicos e poetas do gênero. Beth é mangueirense desde criança. É também madrinha da ala de compositores da Mangueira e Madrinha da Bateria da verde e rosa. Até 2005, Beth gravou 72 sambas só de Mangueira. Embora mangueirense de coração, BETH foi homenageada pela Velha Guarda da Portela, com uma placa alusiva ao fato de ser a cantora que mais gravou seus compositores. Em junho de 2002, recebeu das mãos de D. Zica, viúva de Cartola, o Troféu Eletrobrás de Música Popular Brasileira, realizado no Teatro Rival do Rio de Janeiro. Carioca da gema, e amiga de Cuba, foi solicitada pela presidência da Câmara Municipal do Rio de Janeiro a entregar a Fidel Castro, o título de Cidadão Honorário da cidade. Seu 26º disco, Pagode de Mesa 2, concorreu ao Grammy Latino na categoria melhor disco de samba. Seu 27° trabalho foi o CD Nome Sagrado – Beth Carvalho canta Nelson Cavaquinho, seu compositor preferido, com participação de seu afilhado Zeca Pagodinho, Wilson das Neves, Guilherme de Brito (parceiro mais constante de Nelson). Este projeto foi tirado de uma gravação caseira do arquivo de Beth e vendido em bancas de jornal, onde alcançou grande repercussão pela ousadia da empreitada, o que lhe conferiu concorrer ao prêmio TIM de música como melhor disco de samba. Seu 28° cd é "Beth Carvalho canta Cartola", uma compilação idealizada pelo jornalista e grande fã de Beth, Rodrigo Faour. Beth foi a intérprete preferida de Cartola e responsável pela volta desse grande mestre à mídia. Em 2004 recebeu 3(três) títulos da cidade de São Paulo: O de cidadã paulistana, a medalha Anchieta e o de Gratidão do povo paulista. Em 2004 Beth atende ao pedido de seu querido amigo, o Presidente da Venezuela Hugo Chávez para conhecer a Escola de Samba Mangueira. Agora, em 2005, Beth fez seu 1º DVD "Beth Carvalho, a Madrinha do Samba" ,que já é Platina, isto é, 50.000 (cinqüenta mil) cópias vendidas. O CD que saiu junto (29°da carreira), já é disco de ouro 50.000 (cinqüenta mil) cópias vendidas. O DVD/CD é um retrospecto de sua carreira mas, tem 5 (cinco) músicas inéditas. Tem participações de seus mestres e de seus afilhados. São elas : de Zeca Pagodinho, D. Ivone Lara, Monarco e a Velha Guarda da Portela, Nelson Sargento, Almir Guineto, Arlindo Cruz, Sombrinha, Luís Carlos da Vila, Teresa Cristina, Quinteto em branco e preto e do bandolinista Hamilton de Holanda.
beth carvalho canta no mineirão
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