Tudo começou quando um grupo de sambistas de Pilares, que insatisfeitos com o desfile desleixado de uma agremiação, hoje extinta, decidiram fundar uma Escola de Samba. Liderados pelos amigos Oscar Lino (Seu Oscar), Dagoberto Bernardo (Beto Limoeiro) e Valter Machado (Valtinho Fala Fino), em 19 de fevereiro de 1949 fundaram o Grêmio Recreativo Escola de Samba Caprichosos de Pilares, onde tudo passou a ser feito com muito esmero e capricho. Por volta de 1974 o Sr. Amaury Jório, Presidente da Associação das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, pediu ao Administrador Regional, que na época era o Dr. Oswaldo de Moura Brito Piragibe (Dr. Piragibe), que concedesse um espaço para a construção da quadra da Caprichosos. O Administrador se envolveu de tal forma com o projeto, que não só colaborou com a obra da quadra, mas também entrou para a história de nossa Escola. O local da construção era um espaço de urbanização do viaduto Cristovão Colombo (viaduto de Pilares). Graças ao Dr. Piragibe o terreno foi cedido pela prefeitura. O primeiro título da Caprichosos aconteceu onze anos após sua fundação em 1960, com o enredo Invasão holandesa na Bahia. Já em 1971, o tema Brasil na Primavera, levou a Escola ao segundo grupo. A Caprichosos de Pilares voltou a ser campeã do grupo 2, com o enredo Moça bonita não paga.... Em 1985 com uma proposta inovadora, a Escola de Pilares consolidou seu estilo de carnaval irreverente, com uma mistura de política e humor no enredo E por falar em saudade. Em 1998, Pilares homenageou a raça negra por sua contribuição à nação brasileira, com o enredo Negra Origem, Negro Pelé, Negra Bené. Há 22 anos desfilando no hoje chamado Grupo Especial, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Caprichosos de Pilares realizou desfiles bem humorados, o que a caracteriza como uma Escola irreverentemente querida por todos. A Caprichosos fez grandes carnavais. Marcados por seus sambas empolgantes e irreverentes, que sempre estiveram na ponta da língua do povão. Por isso, seus maiores títulos foram dados pelo grande público, como por exemplo, o Estandarte de Ouro em 1985. A sátira, a crítica e o bom humor constituem uma fórmula que marcam os carnavais da Escola de Pilares. Os enredos falaram da inflação, criticaram os políticos, pediram as diretas já. Temas que agradavam e falavam pelo público.
Memórias do Carnaval
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