
memórias do carnaval
Na década de 60, a escola se manteve no Grupo Especial, mesmo sem muitos recursos, mas sempre com a força da sua bateria. Em 1964, o versátil Mestre André chegou a ser presidente da escola. Em 1966, assumiu a administração Olímpio Corrêa, o Gaúcho. Ele foi o presidente que mais teve mandatos e esteve presente em três campeonatos: em 1985, com " Ziriguidum 2001, Um Carnaval de Estrelas", em 1990, com "Vira-Virou A Mocidade Chegou" e em 1991, com "Chuê-Chuá As Águas vão Rolar": “Para mim, o Gaúcho foi um importante presidente pelo trabalho que ele fazia. Todo esse terreno que a Mocidade possui, foi adquirido na administração dele”, conta o vice-presidente administrativo, Benjamim da Silva, o Didiu, que está na Mocidade há 44 anos. A partir de 1974, com a gestão de Osman Pereira Leite, o carnavalesco Arlindo Rodrigues estreou com o enredo “A Festa do Divino” que marcou época e foi campeã no gosto popular. “A Mocidade só não foi campeã, pois os jurados daquele tempo não estavam preparados para a evolução do samba”, comenta o ex-presidente executivo Orozimbo de Oliveira. Nesse período, Castor de Andrade tornou-se um eterno apaixonado, onde contribuiu para a ascensão da verde e branco. Ele foi o patrono e braço forte da escola. Com o trabalho da sua família, a Mocidade se tornou uma escola de competição: “O Castor foi o oxigênio que a escola precisava. A Mocidade era modesta, pois não tinha muitos recursos. O que ela tinha, era o talento da sua bateria que a segurava lá em cima. Então precisava de um oxigênio para brigar. Foi tudo que Castor fez: deu a alma, deu o espírito, deu a fusão, enfim, deu moral à escola, enfatiza Jorge Francisco, mais conhecido como “Chiquinho”. Em 1979, a estrela de Padre Miguel alcançou o sonhado título no Grupo Especial com o enredo “Descobrimento do Brasil” de Arlindo Rodrigues. A história contada com lendas sobre os mares e o novo mundo que surgia encantou os jurados. No ano seguinte, assumiu o carnavalesco Fernando Pinto, produzindo carnavais excepcionais, como em 1985, com o título de “Ziriguidum 2001”. O enredo mostrava como seria o desembarque da nossa cultura em cada planeta. A comissão de frente foi inesquecível formada pelos robozinhos e contou com a participação do Andrézinho, filho do Mestre André. A escola venceu devido a sua criatividade. O enredo “Tupinicópolis”, trouxe uma metrópole imaginária Tupi em 1987. Uma nação que mostrava a perda da verdadeira identidade dos índios. O tema foi surpreendente dando o segundo lugar para a escola.
Desfile de 1991 enredo "Chuâ, Chuá... As Águas Vão Rolar"
Em 1990, entra Renato Lage onde obteve a primeira colocação com “Vira-Virou” em parceira com Lílian Rabelo. Em 1991, conquistou o bi-campeonato com “Chuê-Chuá As Águas vão Rolar”. O carnavalesco trouxe enredos universais, com uma linguagem multimídia e estética futurista. Em 1992, ficou em segundo lugar com o enredo “Sonhar não custa nada, ou quase nada ” de 1989 para 1990, a escola foi campeã, e pra mim foi um contato maravilhoso e imediato. No ano seguinte tivemos a felicidade de conquistarmos o bicampeonato. Na Mocidade eu alcancei a maturidade”, enfatiza o carnavalesco. Novamente campeã em 1996, com “Criador e Criatura”, a escola tirou nota 10 em todos os quesitos. Lage explorou a destruição que o bicho homem vem fazendo no planeta e a falta de respeito com o universo. A escola, mesmo se apresentando em plena luz do dia, foi a melhor! Em 1997, ficou em segundo lugar com o enredo "De Corpo e Alma na Avenida”. Mostrou células do corpo humano, coração, cérebro e aparelho digestivo. A grande surpresa da noite foi a porta-bandeira Lucinha Nobre vir vestida de bailarina, mostrando que a dança é a maior expressão do corpo. “Acho que já estava escrito. Foi uma grande química que houve entre eu e a Mocidade. Em 1999, a escola levou para a Avenida o enredo “Villa Lobos e a Apoteose Brasileira”. O carnaval sobre a vida do maestro teve a participação marcante e emocionada do ator Marcos Palmeira: “Depois do enredo sobre ‘Villa Lobos’, onde desfilei pela primeira vez, interpretando o músico, a escola me adotou. Não tem como explicar a emoção que senti. Hoje eu sou totalmente Mocidade”, enfatiza o ator. A partir de 2000 a escola encantou o público com temas marcantes. Primeiro sobre o Brasil 500 anos, levando para a Avenida “Verde, Amarelo, Azul Anil, Colorem o Brasil no Ano 2000” e “O Grande Circo Místico” em 2002, contando o fascínio provocado pelo picadeiro. Em 2003, com a chegada do carnavalesco Chico Spinoza, a escola apresentou o enredo “Pra Sempre no Seu Coração, Carnaval da Doação”, onde surpreendeu a todos com seu emocionante tema, conquistando a quarta colocação. No carnaval 2006, a verde e branco levará para a avenida o enredo “A Vida que Pedi à Deus” do carnavalesco Mauro Quintaes: “Geralmente as pessoas esperam que qualidade de vida fale de educação, saúde, alimentação e segurança, que são os seus pilares. O folião que estiver esperando aquele tema repetitivo vai se surpreender com a maneira que ele estará sendo apresentado”, afirma Quintaes.
sou de fortaleza,no ceará,e completamente apaixonado pela a mocidade,e só tenho a agradecer por tudo o que você fez pra minha escola! você é um ídolo pra mim! abraços...ah,e o grande sonho da minha vida é um dia desfilar pela mocidade.
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