
"Sou Claudio Lopes dos Santos, o popular Claudio Camunguelo", apresenta-se ele, sem conseguir explicar direito o motivo do apelido dado pelo companheiro de samba Arlindo Cruz. "O Nei Lopes, como pesquisador de cultura negra, foi procurar nos idiomas africanos algo parecido com camunguelo. Num dicionário da Nigéria ele encontrou a palavra 'camundele', que quer dizer 'branquinho'! Veterano das rodas de choro e samba do subúrbio (onde versou por diversas vezes com Aniceto Menezes), Camunguelo vem se apresentado em teatros e casas de espetáculo com Nei Lopes e com a dupla Zé da Velha e Silvério Pontes. Apesar de conhecido e admirado por músicos e freqüentadores das mais importantes rodas da cidade, Camunguelo só agora está próximo de gravar seu primeiro CD, iniciativa dos produtores Alexandre Pimentel e Maria Braga. Lutando ainda por um patrocínio, o aguardado disco já tem garantidas as participações de Nei Lopes, Zé da Velha e Silvério Pontes (diretor musical do disco) e deve contar também com as vozes de Luiz Carlos da Vila e Zeca Pagodinho. Por enquanto, só é possível ouvir gravações de Camunguelo no raríssimo compacto que ele gravou em 84 (com produção de Renato Alfaia, contendo "Amarguras" - parceria com Zeca Pagodinho - de um lado e "Gurufim", de Jorge Carioquinha do outro); no disco "Só Gafieira" (KUARUP), de Zé da Velha e Silvério Pontes, interpretando seu choro "Camunguelando" e no CD de Luiz Carlos da Vila em homenagem a Candeia (CPC-UMES), onde participa de duas faixas cantando e tocando sua inconfundível flauta.
Claudio Camunguelo, uma das figuras mais interessantes do choro do Rio de Janeiro.
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