leci brandão

Nascida em Madureira, criada em Vila Isabel, a primeira mulher a fazer parte da Ala de Compositores da Mangueira, Leci, acima de tudo é uma batalhadora, lutou muito para conquistar seus espaços. Filha de Lecy de Assumpção Brandão e Antonio Francisco da Silva, família humilde, teve a necessidade de ajudar no orçamento familiar; desde muito nova, principalmente após a morte de seu pai, causado por um AVC (Acidente Vascular Cerebral), mudando seus estudos diurnos para noturnos. Apesar dos obstáculos, a moça persistiu e conseguiu trabalho na DATAMEC, TELERJ e por fim na faculdade GAMA FILHO, chegando a cargo de chefia. Em 1973, o crítico musical e jornalista SÉRGIO CABRAL. descobriu Leci e a convidou para gravar um disco. Naquela época ela cantava no Teatro Opinião, na noitada de samba, sob o comando de JORGE COUTINHO. No ano seguinte Sérgio levou Leci para a gravadora MARCUS PEREIRA DISCOS, onde gravou seu primeiro compacto simples e em 1975, lança seu primeiro LP, Antes que eu volte a ser nada, agraciado por vários prêmios da critica. Porém durante cinco anos Leci ficou sem gravadora, por absoluta questão política (1980-1985). As gravadoras não a aceitavam por causa de suas músicas com temáticas sociais. Cantou a defesa das minorias (todas elas). Era convidada pra cantar em todos os eventos afinados com sindicalistas, índios, prostitutas, gays, partidos de esquerda, movimentos de mulheres e principalmente do movimento negro. Quando voltou aos discos, Leci faz questão de colocar músicas contendo esses temas de forma direta, transparente e apaixonada. É uma cantora das comunidades e sente muito orgulho disso. Entre seus ídolos constam Martinho da Vila, Ruth de Souza e Benedita da Silva.

leci brandão canta fogueira de uma paixão

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